25/08/2016

CONFUSÃO



sompalavra.blogspot.com


A pagina virou, a tempestade se acalmou, adrenalina, dor, dessa vez eu vou;
Estrada longa, suor, sol queimando, lembrança da esperança;
Música, sons, ruídos, batidas do coração, uma explosão;
Caminho, escuro, meu cérebro, o caos do mundo;
Perguntas, eu sonho demais, olhos abertos;
Terminando, seguindo para o infinito, difícil ir adiante;
Confuso, confusão, um turbilhão, tudo aqui;
Pensamentos, mais um dia caminhando, morrendo;
Percebendo a vida, em busca de mais vida, tudo nessa vida;
Mais vivo do que nunca, melhor fase, completude em um mundo isolado;
Suas opiniões, as minhas opiniões, um dia nos encontraremos, nos enfrentaremos;
Mais um pouco da estrada, me livro em meu livro;
Eu, a estrada, largada e chegada;
Tudo que vocês fazem, o mesmo, não presto atenção;
Plantar, nascer, colher, o tempo que diz;
Escrever, sem logica, na orbita, 
Qualquer jeito, como eu quero, minha arte, meu texto; 
Não está velho, desistir, uma opção;
Chega à noite, deserto, desespero, respiração;
Olhos fechados, Deus me conduz, me dê sua mão;
Liberdade, Free, Bem alto, libertação;
Pra mim? Tudo fica claro, pra você confusão! 



18/08/2016

DECISÃO DESAFIADORA







Sempre será surpreendente a conquista dos que não desistem, dos que visualizam a forma real do que ainda são apenas ideias em formação. A vida é um risco, o dia a dia é árduo, sento na minha cadeira predileta, a mais confortável, e penso: Será que vou conseguir? Estou com medo! Será que ninguém está vendo quanto é arriscado? Alguém grita pra mim: Quem vence sem risco, triunfa sem gloria. É hora de sair dos confortáveis minutos da inércia; quer mais desconforto do que ser confrontado por você mesmo? Sem precisar provar nada para ninguém, simplesmente aceitar que você sabe e pode; o que você sempre quis, mas vive acreditando que não dá pra você. Muito confuso, não é? Difícil até de ler. A vida alheia sempre é fácil pra quem "ler", está sempre mais próximo do fim, sempre teve o começo, o meio, pra mim é caminhada, pra você já é hora do fim. O peso de mais um rock me ensurdece, me arrasto pelo calor de mais um dia, agonizando pelo futuro escuro do que não há e que grita por ser criado. Ideias virais, vontades dilaceradas pela causa incompetente da desistência e tem mais um *Dado importante: *Nada ficará pra sempre como antes. O fracasso é uma forma de aprendizado e não um desastre. Me levanto, olho até onde meus olhos alcançam, mais alguns passos e a história se move; vou cerrar seu riso e de tanta gente, estou de pé de novo, mesmo diante de sua reprovação; vão ser amargos meus dias, garganta seca estilhaçada, a dor me empurra para dentro da caverna, mas resisto um pouco mais. Overdose de consciência, imagens invadem a minha mente, absurdo resultado das decisões, salvo pelo amor! O amor é uma parede que nos desafia diariamente a encontrar o que está além de sua imensidão.

*Dado: Dado Villa Lobos – Guitarrista da Legião Urbana

*Nada ficará pra sempre como antes – Trecho da canção Colapso, uma composição de Dado Villa Lobos

11/08/2016

MUITO OBRIGADO!!!



www.gestaoporcompetencia.com.br

Sozinho não se chega a lugar nenhum! Quando pessoas especiais tocam nossa vida, compreendemos, de repente, como o mundo pode ser belo e maravilhoso. A base da vida são pessoas e o modo com que elas se relacionam uma com as outras; não só nossos amigos e familiares fazem diferença na nossa caminhada, mas também aqueles que chamamos meramente de estranhos, na verdade gosto mais de chamá-los de “pontes”. Há muito tempo uma dessas mentes incríveis disse que “precisamos fazer com os outros o que queremos que eles façam com a gente”, nisso existe muita sabedoria, pois se queremos que as pessoas nos tratem corretamente, devemos fazer isso com elas, pois em muitos casos nossas atitudes mudam as atitudes delas, mas para que isso aconteça precisamos tomar a decisão de não sermos  pessoas que reagem, mas que tomam a iniciativa, ou seja, devemos decidir como queremos ser tratados e em seguida precisamos começar a tratar os outros da mesma maneira. É necessário que tenhamos coragem de admitir e buscar conhecer o que eu chamo agora de “os invisíveis da minha estrada”; eles estão por toda parte, perto de mim, às vezes tentando chegar perto de mim, me esperando, me observando, esperando que meus olhos os percebam, eles me servem no restaurante, eles despacham minhas bagagens no aeroporto, eles fazem o suco do sabor que eu quero, eles me mostram onde está o livro que não consigo encontrar, eles até varrem o lixo que joguei nas ruas ou simplesmente estão pelas ruas. “Mas eles não fazem por um favor a mim ou mesmo por que me acham legal”; tá, tudo bem, vou concordar; mas será que custa muito, junto aos cinco reais que pago pela vaga do estacionamento, acrescentar um sorriso e um agradecimento verdadeiro por ter atendido a minha vontade/necessidade? Adoro quando as pessoas me incentivam, reconhecem meu valor, me perdoam, ouvem o que tenho a dizer, me compreendem, mas enquanto eu escrevo também penso: Será que estou entre as pessoas que incentivam, reconhecem valor, perdoam, ouvem e compreendem? Não só minha família, não só meu amigo, mas meus invisíveis estão precisando também de um aperto de mão e quem sabe nunca mais vão me ver, porque é hora de ir, de colocar o pé na estrada. Muito obrigado!!!

04/08/2016

EU, POLÍTICO?




http://contrafcut.org.br

Político, política, politicagem, somos todos políticos, precisamos de políticas, não da escancarada politicagem; cargo de político, empresas e suas políticas, democracia representativa de um sistema de politicagem, mas qual a política dos nossos políticos? Bandidagem, estratégias solucionáveis, argumentos favoráveis, diploma para roubar, futuro dimensionado, o mercado negro do caráter, possibilidades, o sonho não alcançado. Mas quem são os partidários, solidários, sonhadores, honesto ou mau caráter? Recebemos uma nova sociedade que determina a necessidade de termos grana, mulher, homem, carro, casas, regalias travestidas e facilidades, tudo parece fácil, mas ser honesto é ser otário, está fora de cogitação, é só um sonho, utopia, uma ilusão. Uma ideia não muda nada, o que muda é sua ação, sua ação é a criatividade escrita através de ideias bem canalizadas e sem desperdícios; o que eu faço é o que o outro quer? É o que o outro precisa? Qual o valor que gera para o mundo? Pra quê pensar em todas essas doideiras, só preciso de alguns sacos de cimento, na semana santa uns peixinhos ou mesmo um emprego com data de validade, depois de quatro anos eu mudo de lado, só preciso me esconder por trás de uma bandeira de direita, esquerda, orgulho gay, protestantes, pela ética, pelas mulheres, pelos animais, pelas crianças, pelas escolas, por meu bolso, minha bolsa, minha família, por todos, contanto que todos estejam bem longe e não atrapalhem meus ideais, no fundo eu sou parte de uma geração de siglas, ICMS, IPTU, IR, PT, PCdoB, PMDB, FerraComVC, mas essas coisas difíceis eu deixo pra Globo News, eles entendem de tudo e à noite me explicam em detalhes; como sou esperto, não é? Economizo neurônios pra gastar no meu Playstation, no meu Xbox; qual latrina vou escolher pra guardar meu cérebro? Parasita especializado, pós-graduado em reclamar, que aprendeu uma palavra enorme que mais parece palavrão “Impeachment”; reclamamos da educação, mas detestamos usar o tempo pra estudar, ler um livro, pensar sobre ou mesmo duvidar de um conceito; reclamamos da saúde, mas... uma preguicinha caminhar 30 minutos por dia; reclamamos da economia, mas adoramos descobrir alguma forma de não pagar imposto nas nossas compras; reclamamos do desemprego, mas jamais vamos assinar a carteira de trabalho da nossa empregada doméstica; reclamamos da corrupção, mas adoramos cortar a fila e colar na prova. O país funciona quando meu cérebro funciona, o país funciona quando eu digo: Bom dia! Com licença! O país funciona quando uso a faixa de pedestre, o país funciona quando paro o carro para o pedestre atravessar, o país funciona quando penso no outro, quando não quero tudo pra mim, quando sou capaz de respeitar, mesmo quando existem lógicas em choque. Já dá pra responder a pergunta do Renato Russo: Que país é esse?