24/11/2016

DISTORÇÃO







O Brasil é realmente um país muito complexo. Tudo é muito burocrático, o sistema político é quase uma equação da impossibilidade, a insegurança é o pano de fundo do nosso dia a dia, a cada ano acreditamos menos no processo educativo, sentimos pânico quando pensamos na saúde( particular, impossível pagar; pública, não paga pra morrer), o trânsito mata mais que a guerra. Mas de quem é a culpa de tudo isso, já que a assinatura para esse quadro de horror é sempre da corrupção? Então quem paga? Quem sofre? Quem é deixado para depois? Quem é esquecido? Quem vai morrer? Mas antes da resposta simples “EU”, cabe mais uma pergunta: Quem faz todo esse emaranhado de caminhos tortuosos acontecer? Será que a resposta continuará num simples “EU”? Ou será que é outro o responsável? Começo a pensar como fico indignado quando vejo um pessoa sofrendo por uma espera, vítima da burocracia, sofrendo pela insegurança, pela falta de oportunidade e por outros tantos assuntos, mas imediatamente vejo um desenho escondido dentro desse grande panorama: se a situação é comigo, eu não me importo com quem vai ficar pra traz ; se a situação é comigo, eu não me importo de tentar dar um jeitinho, “aquele mesmo” o qual eu abomino, ou ainda, tenho mil e uma justificativas para apresentar o meu laudo de “Só fiz isso, devido aquilo”. A minha corrupção não pode ser justificada pela corrupção do outro, acredito que cai bem citar o trecho de uma banda de rock dos anos 90 por nome Fruto Sagrado: “Se você peca, merece perdão, mas se é o outro, já pensa na condenação”. Quantas pessoas agora mesmo estão contribuindo com o comportamento idêntico ao meu? Será que sou um bom exemplo ao ponto de me autoconferir o título de “O Senhor que pode reclamar de tudo”? A vida e seu funcionamento social são um quebra-cabeças cujas peças são as minhas ações e decisões, fatos e atos, já que mediante a minha reação o outro imediatamente será influenciado, atingido, seja lá qual for o adjetivo escolhido. Como posso pensar em um país melhor, se quando o contexto não me favorece, imediatamente eu reduzo minha visão, minha capacidade de percepção e bom senso, para que eu enxergue mais rápido e com excelente foco o meu caos? Será que ao me priorizar vai melhorar para o outro? Será que minha urgência sempre será maior que a do outro? Para terminar quero citar um trecho de uma das composições do músico Déio Tambasco “Buscar as coisas certas da maneira errada é o mesmo que nadar contra a maré, lutando pelas nossas próprias forças, já entramos na batalha derrotados”.    



Paz e Alegria!!!

4 comentários:

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    1. Obrigado, não é todo dia que recebo visita de uma autoridade por aqui, kkkkkkkkkkk Abração!!!!

      Paz e Rock and Roll

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  2. Querido grande, Willl!!! Impossível ser a mesma depois dessa grande reflexão. Que possamos lutar pelo outro como lutamos por nós, que sejamos para o outro o que esperamos que sejam para nós e que acima de tudo tenhamos amor pelo outro como amamos o que nos beneficiam. Sejamos responsáveis a cada dia por fazer diferença e fazer diferente ❤❤❤

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    1. Grande Rafa, sempre generosa em seus comentários, muito obrigado.

      Paz e Rock and Roll

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