Precisamos saber separar
nossos desejos de nossas necessidades. É muito comum você ser questionado e às
vezes até abordado com declarações de preocupação pelo fato de você ter
resolvido fazer algumas mudanças na sua caminhada ou estrutura de vida; esse
novo formato que você escolheu trilhar ganha até alguns status como fracasso,
preguiça, desistência ou ainda se ouve “esse formato está fora do padrão” que é
determinado como ideal, mas qual o padrão? Qual o ideal? Quem pode dizer qual o
melhor caminho? Quem pode dizer qual a melhor forma pra você viver? Por que é
necessário sentir saudade do que já passou para estar no caminho certo? Vivemos
numa época em que as futilidades têm se consolidado como imensamente
importantes, têm sido exploradas, se mostrado atraentes, relevantes e também
determinantes para formação de padrões a
serem seguidos o que desencadeia um universo paralelo onde cultivamos o desejos
global e generalizado do “Preciso ter” e aí aperta-se o play, para começarmos a
consumir; não precisa fazer sentido, mas eu quero; Usamos escalas comparativas
para sabermos se nossos desejos estão sendo saciados, se somos capazes de fazer
parte de determinados grupos ou ainda se alcançaremos a atenção de um núcleo específico,
ou seja, somos incentivados a permitir que nossos desejos inventados tomem o
lugar de nossas necessidades reais. Evolução comportamental, avanço
tecnológico, velocidade, ordem e progresso, tudo isso é necessário, mas nunca é
a meta central do desejo, pois temos a certeza de que estamos em frente ao
infinito, entretanto no centro do caos. Todas as suas mudanças são riscos, porém
qual o maior risco comparado ao de não correr nenhum? Precisamos entender e
simplificar para saber que precisamos do que realmente precisamos, saber
identificar nossos desejos e não confundí-los com nossas necessidades. Alguém
já perguntou e afirmou: *Já te disseram
que você já é feliz!? Não estou determinando que nossos desejos sejam o erro de
nossas vidas, um caminho de retrocesso, que não podemos desejar, não podemos
admirar, não podemos nos impressionar ou mesmo lutar por algo; não estou
abrindo o convite para uma vida de comiseração, e sim para sermos mais
reflexivos, usuários da inteligência prudente e respirar o ar limpo da
sobriedade.
*Série de vídeos com Zé Bruno –
guitarrista e vocalista da Banda Resgate
Paz e Alegria!!!
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