O TEMPO

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Há tempo tentando descobrir quanto tempo eu ainda tenho todo tempo para usar da melhor maneira o meu tempo que está acabando ao seu lado. Ao seu lado, O tempo passa tão rápido que nem vejo passar por esse tempo de aridez, controvérsia, insensatez do tempo desperdiçado na indagação da vida alheia ao tempo, mas que tempo? O que passa, o que se perde, o que encontro, tempo, maldito tempo, bendito pela espera verdadeira da ilusão apontada nos mesmos passos que levam para um novo tempo de novas descobertas atemporais dentro do relógio do meu olhar que vê o tempo como um tesouro, uma caverna, uma estrada sem fim que termina no infinito, sorrisos, dor, morte, reinvenção, quando tudo está perdido nasce um novo tempo para repensar no tempo deteriorado, esquecido, escondido todo esse tempo. Tempo gera tempo; o tempo todo eu tenho tempo pra gastar meu tempo do jeito que quiser até mesmo olhando pra trás e ver o que fiz com o meu tempo, mas eu não tenho o tempo, eu vivo no tempo o tempo todo porque eu sou o demonstrativo do tempo já que ninguém acumula tempo, as histórias vivem no tempo, a sua história é o tempo, que você passa no tempo que já se foi e que deu lugar ao novo tempo e que redesenha uma nova estratégia de tempo, mas me pergunto: quanto tempo o tempo tem? Quanto tempo o tempo ainda tem? Tem pouco tempo ou tem por onde passar em uma porta do tempo? Passatempo, contemporâneo, o que eu faço com o meu tempo? O que faço nesse tempo? O que faço o tempo todo? Me responde por favor, no que me transformei com o tempo que passou? Será que o tempo futuro está pronto pra receber o que sou? Em que o tempo me transformou! Meu tempo está acabando, passado, presente e futuro brilhante, daqui pra frente o que me resta? Uma corrida, um jogo, uma despedida, uma conversa, só mais um filme, uma coca-cola geladíssima, o que nos resta se não sabemos quanto tempo ainda temos?