Olhando para o papel em branco, tentando escrever, espremendo os
neurônios para tentar tirar algumas poucas palavras, mas o que surge? As piores
perguntas para um momento simples como esse, falar o que? Estou pensando em
que? Quem vai ler? Sem importância, sem contribuição, só algumas frases
desconexas que saem de dentro do nada, talvez ligar a tv e continuar a viajar
nesse ócio tão poético, psicodélico, estranho que não acrescenta, não ajuda,
não é isso que quero. Preciso estender a mão, para alguém, para quem? Sou útil?
Quando ajudei? Tentar contribuir, acrescentar, trilhar pelo caminho
desconhecido, desconstruído, nada assusta, imperceptível, calor lunar, mas um
gole de água, para sustentar as últimas palavras que não vão te dizer nada, só
tentativas ruins de buscar algumas ideias na alma, ideias deixadas para traz,
falhas, desajuste, o nada é tudo, tudo passa em baixo do nariz e já se
transformou mais uma vez em nada. Sei lá onde vai dar, que dia vai ser, que hora
será, mais um refrigerante para reagir, preciso corrigir, comportamento, saúde,
vícios, erros que tentam me matar, não posso esfriar, é hora de lutar, com
quem? Exatamente, comigo mesmo, não cuidei do lado de dentro, o sangue pulsa,
corre, não tenho tempo pra reclamar, a vida corre e você nunca é deixado pra
traz, mas se vacila será pisado, empurrado para onde não quer ir, a vida é um relógio
sem despertador, sem alívio, sem medo de imprimir a dor, a resistência diminui,
mas no fim do túnel tem luz, reagir, refletir, persistir, viver o que ainda me
resta, a vida é bela, intensa, dura, a vida é festa.
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