É impressão minha ou sempre buscamos de forma
profunda, inteligente, digna e eficiente discutir a dor momentânea do dedão do
pé, causada por um tropeço que aconteceu na grande e marcante cruzada dos sete mares do meu quarto para a
cozinha? Enquanto a beleza de poder respirar é meramente a forma óbvia da
existência.
É impressão minha ou os livros que tenho lido não
me entregam as respostas que quero, não tem apresentado muito efeito ou
sentido? Pois tenho me preocupado mais em encontrar uma frase que me cause o
efeito “boca aberta” do que desenvolver interesse em perceber a capacidade que
o outro tem de abordar sobre aquele assunto e saborear a vantagem de enxergar uma
outra opinião, seja ela contrária ou que reforça a minha.
É impressão minha ou reclamamos de tudo, de
todos, das situações, das dificuldades?
É impressão minha ou todos os dias escolhemos
dizer que estamos assim porque o outro não nos estendeu a mão?
É impressão minha ou temos todas as respostas e
somos expert em criticar, mas nunca alcançamos o caminho da satisfação plena?
É impressão minha ou todos os dias acordamos
para cumprir o plano traçado de alcançar a felicidade e no fim de mais um dia,
voltamos a dormir dizendo amanhã continuaremos?
É impressão minha ou não queremos aceitar que a
vida não é o começo, mas sim o fim?
É impressão minha ou você está lendo esse texto
e já conseguiu me criticar e dizer que estou errado, sem aceitar que é apenas
um ponto de vista e que não foi escrito a partir de sua perspectiva e sim de
outra pessoa?
É impressão minha ou para os que se dizem
cheios da fé as vezes se pegam pensando? “Esse plano de Jesus Cristo ferrou,
não deu muito certo” vou tentar ajudar um pouco, tenho bons argumentos, as
pessoas vão se convencer que vale a pena.
É impressão minha ou vivemos reclamando e nada
está bom e quando fica bom já está na hora de acrescentar mais alguma coisa e aí
volta a não ficar bom, então voltamos a reclamar?
É impressão minha ou aceitamos que somos
felizes quando ampliamos nosso egoísmo? Quando eu tenho dinheiro, quando eu
tenho meu carro, quando eu tenho minha casa, quando eu e minha família estamos
confortáveis, quando eu tenho meu trabalho, quando eu estou saudável, quando eu
tiro minhas férias, quando eu faço a viagem dos meus sonhos, quando tenho meu
tempo para relaxar. Será que não era para que eu compartilhasse a caminhada, a
dor e a alegria com o outro?
É impressão minha ou meu coração só fica cheio
de compaixão e responsabilidade, enquanto assisto o noticiário e o outro é
soterrado, enquanto o outro é asfixiado, enquanto o outro se afogou?
É impressão minha ou só percebo a falta de amor quando preciso e não sou atendido, visto ou ajudado?
É impressão minha ou você acha que tudo que
está nesse texto precisa ser repensado pelo autor, pois você não é desse jeito,
então é melhor que o autor reveja seus conceitos?
Acho que não, é só impressão!
Rev. Missinho
Paz e Rock and Roll