17/12/2018

AINDA ESSE ANO, UMA INTERROGAÇÃO!!!




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Tudo foi corrido, apressado, descontrolado, rápido demais ou estava olhando para o lado errado? Qual foi a preferência do meu olhar? Exercitei a minha força de acreditar ou deixei a vida me levar? Ano passado tive medo, entrei na fase II, pensei: O tempo está acabando! Fiquei com uma dúvida, se era o fim ou ele estava acabando comigo, me empurrando para o fim. Passou o tempo e eu parei, fiquei olhando, pensando, não sei o quanto foi bom, não sei o quanto foi ruim, tudo é novo, mas parece ser um pouco mais do que sempre já existia. Ainda estou buscando o melhor jeito, não quero ficar desse jeito, preciso produzir, não um pouco mais, mas, muito mais, será que tenho como fazer? Será que tenho como construir? Será que estou vendo o que e onde quero chegar? Sou eu quem defino onde o horizonte é infinito, onde a distância é inalcançável, onde é o ponto de parada, quando tenho medo de avançar. O mundo é escuro, tem gente agora mesmo de um lado para o outro, sorrindo, sentando, levantando, correndo, gritando, é divertido, é domingo no shopping, é fim de tarde no campão de terra batida, rolando um futebol do peladeiro de carteirinha, sorrisos e lágrimas, ideias e frustrações, sentado na companhia da solidão, ela olha pra mim e diz querer me matar,  um “oi” me salva por um triz, retomo a minha força e recomeço dizendo o que devo fazer, brota um sorriso, enxergo o que já fiz, penso e vou fazer mais, tomo decisões, algumas delas do tipo nunca fiz, nem sei o que e como vai acontecer, qual será a reação, o impacto, alucinação, o desfecho? Não tenho nem ideia! Como será a aceitação? Longe de saber se dará certo, só não posso negar que o que eu vejo são poucas opções, é a hora de acertar na mosca, o alvo não pode ser uma certeza de não dar certo, mas se tudo quebrar? Se tudo parar? Que chato, quanta pergunta, quanto medo, a única alternativa é acreditar, alguém já disse que o amanhã não me pertence, tenho agora, é pouco eu sei, sempre tenho que pensar um pouco mais adiante, onde ainda não é meu, onde eu ainda não cheguei, mas... bem... ainda é esse ano, tudo bem, tem uma interrogação, mas o que seria o meu sucesso se não fosse as minhas sérias dúvidas me oferecendo a tomada de decisão? Está tudo pronto, sempre esteve ou estava olhando para o lado errado?

Rev. Missinho
Paz e Rock and Roll

28/06/2018

PRECISO MORRER





O que pode nos separar, oferecer a ausência através de uma perspectiva imediatista e totalmente egoísta? Imagino que a morte, vejo a morte como um intervalo que mais parece uma eternidade, mesmo para quem acredita que em algum momento vai encontrar e viver na eternidade, mas enquanto existe vida, me consome pensar e projetar o quanto preciso morrer a cada dia para algumas coisas que é evidente que me matam? A vida e a caminhada é tão plural, atraente, insignificante, sem precedentes, um espaço de instantes, uma folha em branco, agora vazia, mas em um segundo já cheia de questionamentos? Então nos deparamos com a linha divisória que nos indaga, o quanto devemos morrer para uma expectativa que já está morta e não nos produz nenhum tipo de benefício? Quanto somos, daquilo que nos é oferecido através de palavras dos outros, que tentam montar um ser insustentável, que, com certeza não tem interesse em realmente nos ajudar em nos construir, nem mesmo de estender a mão para ajudar de verdade? Mas se satisfaz em poder oferecer uma excelente e eloquente crítica de tudo que nem ele mesmo é ou será! Mas então, o quanto somos daquilo que precisamos ser realmente? Quanto temos de coragem para reagir de forma contrária a força da confortável paralisia intelectual? Aquela que impede de sentir o gosto desagradável da indisposição diante de uma contextualização ainda não vivida. Formamos opiniões sobre o que não sabemos, opiniões que nascem por ouvir meia dúzia de conceitos dos que levantam simplesmente a bandeira do contra, mesmo sem nunca ter sentido na pele a dor do outro, que na verdade, mais precisa da minha e da sua ajuda, quanto de coragem escorre entre meus dedos, quando preciso tomar conta e colocar no lugar correto o que eu sou e preciso ser? Quanto de ausência de coragem eu tenho em olhar para frente e oferecer mais um passo na direção do que me desafia? O quanto é confortável me esconder atrás da minha fantasia glamurosa, no mais nobre estilo “mas o que posso fazer?”

Paz e Rock and Roll

17/05/2018

ATÉ ONDE?!?








Até onde vai a estrada que me leva ao infinito? Que tamanho tem o vento que refresca do meu pé a minha cabeça? Qual a velocidade da minha escolha em ser grato? Qual a resistência do muro que me separa pela falta de coragem em continuar a caminhada na direção que quero e vejo? Qual a cor que penetra no meu olho, que vem da minha vontade? Qual o gosto do próximo passo que desistir de oferecer em direção ao futuro que ainda não existe e grita por ser construído? Qual a dimensão de abrir mão do meu direito legítimo? Onde vou chegar se não conheço onde é o lugar que minha mente costuma me mostrar? Quanto vale ou pra que serve uma justificativa, por não ter feito o que desistir de fazer? Não é porquê e sim, para que eu vou ser? Porque diante dos porquês é que vem à luz sobre a minha desistência de uma clara ação desprovida da coragem de assumir a alternativa que me resta.
A expectativa é a força que impulsiona a enxergar a certeza do que busco na caminhada pela estrada que estou construindo. Claro, a dor chega para todos de modo singular, sem permitir que o outro entenda, sem permitir que o outro veja o horizonte que está logo ali depois do olhar; sem permitir que o outro sinta o gosto salgado da lágrima que molha o chão desse mundo amargo, tudo é muito engraçado, muito vivo, muito dinâmico, acelerado, injusto, impróprio mas adequado, mas nem tudo é percebido por quem te observa, dentro de um único padrão da lógica imperfeita, imprudente e impotente que é o olhar simplesmente humano. Mas acredite, você não está só!!!


Paz e Rock and Roll

12/04/2018

EU PRECISO !?!







Como e quem é “os outros”? Respeito, gentileza, gratidão e tudo mais que possa criar afeição, quem sou eu no meio de tudo, no meio do nada, do barulho, da multidão, levar luz até a escuridão. Ter conhecimento não determina superioridade, para mim a simplicidade é deslumbrante, ao ponto que justificar se torna arrogante. Parece clichê, mas é fato que não somos uma ilha, não podemos e não conseguimos viver mergulhado na solidão, não podemos ser absurdamente indiferentes a nossa necessidade de oferecer e receber uma mão estendida. Não somos imunes a realidade de precisar do outro.
Quem fabricou a minha melhor roupa, que uso e ofereço aos olhos alheios, o meu deslumbre? Os outros;
Quem prepara a comida e a bebida que tenho dinheiro para pagar quantas vezes quiser? Os outros;
Quem me ensinou a ler, calcular, engenhar com tanta destreza, que me deu um título de grande destaque? Os outros;
Sou o eloquente palestrante, orador, falante, tudo que eu sei agora destilo para quem forma minha plateia. Quem é meu público? Os outros. Se não os tenho, discursaria para quem? Seria tão eloquente, tão falante para quem?
Mais um texto, mais um pouco de genialidade exposta, quem me oferece a impagável atenção? Os outros;
Quando nasci e não sabia de nada, quem cuidou de mim? Os outros;
Quando senti dor, precisei de cuidado, quem se disponibilizou para ajudar? Tudo bem, paguei, mas... quem estudou para ser quem poderia me atender e/ou resolver o que desesperadamente eu queria e precisava? Os outros;
Quando eu morrer, quem vai segurar na alça do meu caixão? Quem vai ficar com meus discos da Banda Resgate, todas as minhas coisas? Provavelmente, os outros.
Antes mesmo que você resmungue dizendo, que conseguiu tudo por sua capacidade, que você se esforçou, que estudou, que se destacou, espero que você aceite uma coisa, você só percebeu que conseguiu, se esforçou ou mesmo se destacou, porque os outros não te ofuscaram. Mas isso não é nenhum mérito, se você está pensando assim agora. Mesmo que você tenha certeza que não precisa de "outro" para ser feliz, posso te garantir que você vai precisar de "outro" para compartilhar sua felicidade. Acredito que precisamos ser e estar entre os outros, para poder atender e oferecer o melhor, para quem precisa e quer ser atendido. Talvez óbvio, talvez clichê, estilo frase de efeito para para-choque de caminhão, mas é necessário de forma imediata aceitar e reconhecer que precisamos uns dos outros.


Paz & Rock and Roll