16/06/2016

ENTRE OS SOBREVIVENTES








Como você ver os dias em que vivemos? Tenho a impressão de que essa coisa da espiritualidade tem se confundido com a razão; discutimos mais sobre esse assunto, parece estarmos mais sóbrios, sórdidos sobre essas coisas, temos definições, teorias, filosofia Facebookniana, Trending Topics ou simplesmente hashtags (#), programa de televisão, Youtubers, ponto de vista sobre... o que antes apenas era "fé". Isso é estranho, isso é fantástico, isso é polêmico, isso é fascinante, o amor está esfriando, esse é o caminho, divisões, meu lugar na sociedade, salvação, aproveitadores, homens de Deus. Estou pensando, hummm, mas pode pensar? Quem imaginaria, os brasileiros, por exemplo, saírem às ruas, invadirem as cidades, falando, cartazes, caras pintadas, gritaria, máscaras, rock and roll “O que a gente faz, fala muito mais do que só falar1”, orações, bombas de efeito moral, pacíficos violentos, deixando claro seus ideais;  e o mais legal é que é uma massa formada em sua maioria por jovens, os filhos e filhas de uma geração envelhecida que não deixaram de sonhar, filhos e filhas que estão dispostos a falarem mesmo tendo a sua repressão como certa, mesmo sendo agredidos, mas quem tem o direito de falar? Os estudantes? Os gays? Os politizados? Os cristãos? Os ambientalistas? Me vestir de preto, formar agrupamento com ideal comum, Os Black Bloc? A quem foi dado o direito? Qual o caminho? Quem está calado? Quem foi amordaçado? Palavras guardadas nos dicionários saltam para fora, saltam para mudar um país, tomam forma, abrem sorriso no rosto, rosto sofrido, lutador, sofredor que lutou com a sua vida, por sua vida toda, para ter uma casa e chamar de "minha", sorriso no rosto de quem busca a tanto tempo, saltando etapas, já está velho, mas tem uma visão determinada: O poder. Mas onde está o verdadeiro poder? Será como eu imagino? Será com meu inimigo? Quem terá direito? Será mesmo quem eu penso que deveria ter? Quem eu escolhi, indiquei, coloquei lá, presidente, pastor, diretor, engenheiro, apóstolo, administrador, apenas um título, mas e o empregado? O “meu” empregado, aquela empregada da grande casa que limpou, perfumou, arrumou, criou os filhos, chorou, foi humilhada, de madrugada, ônibus lotado, mas nunca atrasada, mas por que tanta dedicação? Tanto amor e palavras sábias? Parece até algo sobrenatural, tipo espiritual. Todos em busca de uma verdade, às vezes as suas verdades me dão vontade de gritar, peço socorro a quem? Viver o dia a dia sendo salvo, salvo da selva de pedra, salvo da doença que assusta, salvo da nota baixa na escola, salvo da não liberdade, salvo da maioria, salvo das minorias, salvo do que eu não gosto, salvo do meu egoísmo, salvo do contrário às minhas convicções, salvo de não querer legitimar o direito do outro. Entender que não é sentimento e sim ação, não tenho o passado, não tenho o futuro, o que me resta é o agora, a vida sempre começa agora, minhas ações não me garantem sucesso, mas é a garantia de libertação da inércia.

Achei um texto na bíblia bem legal, Joel 2:28 a 32, vou lê-lo agora:
E isso é só o começo, depois disso: Vou derramar meu espirito sobre todo tipo de gente - Seus filhos vão profetizar e também suas filhas. Seus jovens terão visões e seus velhos terão sonhos, vou derramar meu Espirito até sobre os escravos, tanto homens quanto mulheres, mostrarei maravilhas no céu e sinais na terra, sangue, fogo e fumaça.
Haverá uma grande salvação, como o Eterno prometeu, entre os sobreviventes, estão aqueles que o Eterno chamar.!!!!



1 Título do disco, dos anos 90, da banda carioca de rock Fruto Sagrado

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