27/12/2018

AMORDAÇADO POR OPÇÃO?



FONTE: http://www.acriticanews.com


Não sou bélico, não sou em pessoa à frustração, só não quero me indispor, para que discutir? Para que chatear o outro, não é? É claro que tenho razão, mas o outro tem direito de não acreditar, concordar, aceitar ou ouvir eu falar. Tenho certeza que dentro desse turbilhão de desigualdade podemos viver em plena harmonia, sou pacífico, um ponto sem expressão em um universo de opiniões, mas que opinião? Estou calado, não emito sons, indignado, engolindo meu descontentamento, dilacerando minha alma por acreditar que calar é ser politicamente correto, não manifestar minha opinião é a melhor opção, será? Evitar a discussão com quem tem opinião diferente não é educação, é omissão. Preciso entender que uma sociedade é formada pelos comportamentos dos seus atores cotidianos, pelas idas e voltas, erros e acertos, mudanças por falta de reação somada a muita reclamação. Não gostar de tudo que acontece é um fato, mas não fazer nada e ver acontecer é beber o vinho podre da decepção, as minhas ideias são fantásticas, a minha paralisia não. Espero um dia sair da cadeira de rodas, sair da UTI do medo da pressão, sair do manicômio da passividade, sair das sombras, sentar à mesa, olhar nos olhos, discutir o improvável, visível e invisível, o agora e como será a próxima estação, caminhar lado a lado com a contramão. É necessário discutir assuntos, ideias, possibilidades, pôr em prática tudo que passa pela minha cabeça com a força das minhas habilidades, não posso afirmar que sempre estou certo, claro, mas posso e devo abordar minha opinião, já pensou se realmente estou certo? Se não falar, se não me posicionar, se não evidenciar, estarei tolino o poder do outro de pensar, não quero brigar, não quero bater, não quero amedrontar, quero só deixar de ter medo de falar, medo de ser reprimido, medo de ser ridicularizado por ser de uma classe social, por ter uma fé, por ser de uma cor, por ter uma opção sexual, todos têm direito a ser, a fazer, ao dissabor, ao amor. Sou um humano, mas o mais chocante do ser humano é ser humano, sou humano e tenho direitos, direitos humanos, o direito de ser, de expressar, de acreditar, de dever, de pagar, olhar para o alto e uma lágrima derramar, direito de ser diferente igual a todo mundo, direito de cumprir meus deveres, direito de não me calar, direito de não concordar, por medo de alguém me calar.



Rev. Missinho
Paz e Rock and Roll

17/12/2018

AINDA ESSE ANO, UMA INTERROGAÇÃO!!!




http://www.rubensjunior.net.b


Tudo foi corrido, apressado, descontrolado, rápido demais ou estava olhando para o lado errado? Qual foi a preferência do meu olhar? Exercitei a minha força de acreditar ou deixei a vida me levar? Ano passado tive medo, entrei na fase II, pensei: O tempo está acabando! Fiquei com uma dúvida, se era o fim ou ele estava acabando comigo, me empurrando para o fim. Passou o tempo e eu parei, fiquei olhando, pensando, não sei o quanto foi bom, não sei o quanto foi ruim, tudo é novo, mas parece ser um pouco mais do que sempre já existia. Ainda estou buscando o melhor jeito, não quero ficar desse jeito, preciso produzir, não um pouco mais, mas, muito mais, será que tenho como fazer? Será que tenho como construir? Será que estou vendo o que e onde quero chegar? Sou eu quem defino onde o horizonte é infinito, onde a distância é inalcançável, onde é o ponto de parada, quando tenho medo de avançar. O mundo é escuro, tem gente agora mesmo de um lado para o outro, sorrindo, sentando, levantando, correndo, gritando, é divertido, é domingo no shopping, é fim de tarde no campão de terra batida, rolando um futebol do peladeiro de carteirinha, sorrisos e lágrimas, ideias e frustrações, sentado na companhia da solidão, ela olha pra mim e diz querer me matar,  um “oi” me salva por um triz, retomo a minha força e recomeço dizendo o que devo fazer, brota um sorriso, enxergo o que já fiz, penso e vou fazer mais, tomo decisões, algumas delas do tipo nunca fiz, nem sei o que e como vai acontecer, qual será a reação, o impacto, alucinação, o desfecho? Não tenho nem ideia! Como será a aceitação? Longe de saber se dará certo, só não posso negar que o que eu vejo são poucas opções, é a hora de acertar na mosca, o alvo não pode ser uma certeza de não dar certo, mas se tudo quebrar? Se tudo parar? Que chato, quanta pergunta, quanto medo, a única alternativa é acreditar, alguém já disse que o amanhã não me pertence, tenho agora, é pouco eu sei, sempre tenho que pensar um pouco mais adiante, onde ainda não é meu, onde eu ainda não cheguei, mas... bem... ainda é esse ano, tudo bem, tem uma interrogação, mas o que seria o meu sucesso se não fosse as minhas sérias dúvidas me oferecendo a tomada de decisão? Está tudo pronto, sempre esteve ou estava olhando para o lado errado?

Rev. Missinho
Paz e Rock and Roll